terça-feira, setembro 21

Justiça x "Justiça"


No Brasil, existe a “Justiça” e a Justiça. Existe o poder e tudo o que está implícito quando ele é invocado. Pode soar como coletivo majestático ou pejorativo.

A Justiça sem aspas é igual para todos. Com aspas, vê mais igualdade em alguns do que em outros. Sem aspas, A Justiça é cega. Com aspas, exibe um olfato invejável.

A Justiça sem aspas assegura direitos iguais para todos. Com aspas, impõem mais deveres a alguns do que aos outros. Sem aspas a Justiça busca o restabelecimento da verdade. Com aspas, empresta legalidade à mentira.

Nos últimos anos, ao mesmo tempo em que a Justiça tornou-se mais acessível, a “Justiça” foi virando algo vago, impalpável.

Hoje, a Justiça é busca da justa reparação, mas a “Justiça” também é encontro com injustiças irreparáveis.

A Justiça é perspectiva de punição, mas a “Justiça” também é solidificação da impunidade.

A Justiça é a que tarda, mas não falha, mas a “Justiça” também é aquela que não chega e deixa prescrever.

A Justiça é justiça extrema, mas a “Justiça” também é extrema injustiça.

Sabe-se que, no Brasil, o defensor dos direitos humanos é um reacionário que ainda não foi assaltado. Sabe-se que o político progressista é um conservador que ainda não chegou ao poder.

Pois descobre-se agora que o juiz, o desembargador e o ministro do tribunal superior pode ser o incorruptível que ainda não foi submetido à sedução de um bicheiro ou ao flerte de um bingueiro.

Súbito, a Justiça vê-se compelida a expedir mandados de prisão para recolher a “Justiça” ao xilindró. A Justiça concede autorização para que os telefones da “Justiça” sejam grampeados.

A Justiça ordena à polícia que faça operações de busca e apreensão nos gabinetes e nas casas da “Justiça.” A Justiça bloqueia os bens da “Justiça”.

Quem observa a cena à distância fica confuso. A perspectiva de uma definição desse emaranhado que se convencionou chamar de Justiça –ou de “Justiça”— é cada vez mais remota.

Chegou-se a um ponto sem volta. Ou a Justiça acaba com as aspas, punindo exemplarmente eventuais malfeitores da “Justiça”, ou as aspas acabarão com o que resta dela.


Por Josias de Souza, http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

Verdade pura e simples




A bíblia diz: “E conhecereis a verdade e ela te libertará”( Jo 8.32) em outro versículo vemos Deus falando “ meu povo tem sido destruído por falta de conhecimento”(Os 4.6), conhecimento de que? Conhecimento da verdade que pode trazer a liberdade.
A verdade é limpa, é pura, não usa máscaras, é honesta, não busca vantagens, mas apenas busca ser autêntica e simples. Todo ser humano quer ser tratado com respeito, com dignidade, com transparência,ou seja, com a própria verdade.
Quem hoje desejaria ter um relacionamento amoroso embasado em traições? Ou amizades alimentadas por interesses?Quem gostaria que um criminoso fosse inocentado a base de mentiras e continuasse com seus mesmos atos escrupulosos? Creio que ninguém responderia um sim.
Mas hoje, a verdade tem sido trocada por dinheiro, que a princípio é tão atraente. Afinal quem não quer poder? A verdade intimida apenas os desonestos, traidores, falsos e gananciosos, pois ela é um convite para o retiro das máscaras.
Qual o valor da verdade? O valor da verdade é liberdade, valorização do outro, confiança, pureza, e uma palavra que a descreveria tão bem: justiça.
A verdade nos leva a justiça, a palavra justiça vêm de justo, ser justo é ser íntegro, é ser verdadeiro. Não consigo entender como muitos representantes da justiça passam a ser representantes da morte tão facilmente. Representantes da morte? Sim, aquele que não preza pela justiça preza pela injustiça, que logo traz morte da verdade e que logo traz morte do respeito, da liberdade, da honestidade,da pureza, da moral e dentre outros.
A verdade não se compra por status nem poder, pois a vida é inegociável. E se estamos atrás de poder, vamos ser pegos por nossas próprias armadilhas.
Preze pela verdade, custe o que custar, que custe toda sua carreira e títulos, que custe seu dinheiro, ou qualquer outra coisa. Mais vale um bom nome do que todo ouro e toda prata. E o que adianta construir uma história que não gera vida?
Que no final da sua caminhada possa declarar: fui irrepreensível, não me vendi, prezei pela verdade e pela justiça mais do que por vaidade e satisfação própria.



(Por Rebeca Pires)

Aborto e seus Pontos




Como esse assunto tem se tornado notícias em jornais, televisão, internet, revistas, ou seja, em todos os meios de comunicação. Uma palavra tão pequena, mas com um enorme significado acompanhada por uma grande conseqüência – a morte.
A palavra aborto significa interrompimento, a pessoa que aborta está interrompendo algo, impedindo de crescer, de viver. Vamos pensar na palavra interrompimento, ou melhor, qual o valor do ser humano?
Ouvi dizer que uma mulher quando está grávida não carrega uma planta dentro de si para depois arrancá-la, e a reposta foi: -“ uma planta, ou um ser humano têm a mesma importância”. O que era cultura da vida têm se tornado a cultura da morte construída sobre a ótica dos naturalistas, onde toda a existência está apenas na matéria e a natureza quem dita as ordens éticas, onde nega a espécie humana como superior a todas as outras espécies biológicas.
Em 1889 o filósofo Nietzsche declarou: “Nós matamos a Deus”, ou seja, o homem não precisa de normas ele decide as próprias normas. Logo morreram também a moral e o significado da vida, e hoje no século XXI é exatamente o que continua acontecendo.
Em 1973 foi estabelecido na corte do EUA que um feto humano não é uma pessoa no famoso caso entre Wade x Roe, onde Roe nome fictício representando uma mulher que engravida, mas decidida a abortar e vendo que sua nação era contra essa legalização, ela desafia a corte americana, Wade é representado como funcionário do parlamento que tenta ir contra essa afronta. O resultado foi que demorou o andamento dessa “discussão”, Roe teve o bebê e entregou a adoção, mas com 7 votos contra 3 o aborto foi legalizado e para isso o feto foi considerando sem direitos humanos, portanto podendo ser destruído. A corte teve de argumentar que, mesmo sendo o feto biologicamente humano,não é uma pessoa legal, pois caso contrário os direitos a vida seriam garantidos sobre a 14º emenda ( instrui aos estados americanos que não privem qualquer pessoa de vida, liberdade ou propriedade). Se os magistrados reconhecessem o feto como pessoa se transformaria numa privação ilegal de vida, ou seja, assassinato.
Pergunte a um médico: Onde se inicia a vida? Ele te responderá que é impossível não dizer que é na concepção, é impossível fechar os olhos e negar a realidade de que no embrião já está contida todas as informações genéticas para toda a vida. Biologicamente falando o feto é uma pessoa sim! Para ser pessoa não necessita de RG ou CPF, ou talvez que se pague todos os impostos ao governo, mas que faça parte da humanidade. E digo que o feto faz o maior papel na humanidade pois sem ele não existiria a mesma.
As alegações são sempre as mesmas: “ a mãe não tem condições financeiras para cuidar do filho, não tem condições emocionais, é muito nova, a família não pode saber, temos que ter o controle da natalidade no Brasil, precisamos prezar pela saúde pública” e etc. Que tipo de cuidado podemos ter com essas mulheres que enfrentam esse problema se a ajuda a se oferecer é: mate seu filho?! Ao invés de ser oferecido ajuda para criar seu filho e assim salvando a vida da mãe, do bebê e dos próximos que virão. Desde quando questões financeiras se tornaram desculpas para se matar o próprio filho? O aborto é uma forma rápida e destruidora de tentar resolver problemas. Problemas não se resolvem com a morte, sempre existirá outra saída - E VAMOS DESCOBRIR!!!
O controle da natalidade não vem com o assassinato de bebês, a saúde pública não deve aprovar matança como sinônimo de “segurança”.

Assim, vem crescendo em nosso meio a cultura da morte, onde a vida já não tem tanto valor assim, nós podemos reduzi-la a uma simples decisão. Mas afirmo que não está em nós a decisão da morte de ninguém. E
stá sendo tirado e reduzido a nada o valor e o milagre de uma mulher poder gerar vida. A pergunta é: Você vai querer fazer parte disso?

A vida se dá na concepção e ponto final.

O feto é Pessoa e ponto final.

Abortar é infringir a lei e se constitui assassinato e ponto final.

Se você é a favor do aborto, não sabe o valor de uma vida e ponto final.

(Por Rebeca Pires )