quarta-feira, dezembro 29

Integral ou Parcial?


Existe uma diferença entre a pessoa que vive integralmente na obra do Senhor e aquela que vive parcialemente. O integral é aquele que abre mão de uma vida profissional para estar 24h à disposição do Senhor e sua igreja. O parcial é aquele que serve ao Senhor, mas vive ainda no meio secular e com isso não pode viver no integral.

Bom... será que isso soa bem???

Pra mim, além de soar muito mal, é um discurso injusto com aqueles que são vocacionados para estarem inseridos na sociedade, também um discurso que tira dos ombros o estar 24h vivendo para o Senhor uma vez que "sou parcial".
Ministério significa serviço, será que têm como eu servir integralmente ou parcialmente no Reino? Digo que NÃO, não há parcialidades para Cristo, mas um vida de integralidade naquilo que fomos vocacionados.
Entendemos então, que viver uma ministério integral é entender o propósito de vida que Deus preparou para cada um de nós, e uma vez entendida a visão, cumprí-la torna nossa prioridade.
Qual a diferença em cumprir a missão de Deus que é alcançar pessoas indo à África, ou indo a uma escola dar aulas de matemática? Pregando um sermão em um culto ou trabalhando em uma empresa de administração? A diferença está no propósito de Deus em nós.
O Senhor não tem planos apenas dentro da igreja, ou no campo missionário, enquanto uma sociedade em nossa volta carece de educação, justiça, bons profissionais que saibam servir e honrar a Deus.
O nível de entrega e renuncia cabe a todos nós que se dizem cristãos, independente para onde irão e como cumprirão a grande comissão em: Fazer discípulos.

Concluindo, não existe ministério Parcial, ou somos inteiros para Deus ou não somos nada!

Há uma famosa frase que diz: "Viva uma vida com propósito de propósito".

(por Rebeca Pires)

Pós - modernidade


Hoje estamos na pós-modernidade, a antiguidade, a Idade Média e a modernidade já passaram. Na Idade Média, por exemplo, existia uma cosmovisão, ou seja, uma forma de perceber o mundo onde o Teísmo predominava. Teísmo era Deus no centro, havia ainda um temor entre as pessoas, nos livros de histórias vemos o poder que a igreja católica tinha sobre o governo, todos acreditavam em Deus, essa era a cosmovisão da época, mas o tempo foi passando e foi surgindo outras cosmovisões, por exemplo, com a chegada do iluminismo na história, a era da razão, entra então o Deísmo, o que é o Deísmo? A humanidade passa a acreditar em um Deus que criou todas as coisas, mas que não se relaciona conosco, é um Deus apenas transcendente (que criou todas as coisas) e não imanente (Deus pessoal). Deus não faz parte da nossa história, Ele apenas nos criou e criou todas as coisas e foi embora. Depois dessa cosmovisão surge o naturalismo, nessa cosmovisão Deus já não existe mais, tudo veio da matéria, o ser humano é apenas o fruto do acaso. E no decorrer da história surgem várias outras cosmovisões como o Niilismo onde nada mais tem sentido, a nova era onde o homem acredita ser um deus. E hoje estamos vivendo outra cosmovisão, e essa cosmovisão se chama: Pós-modernidade, e estamos totalmente inseridos nela.

Algumas características são:

· Busca pelo prazer (hedonismo) - a pessoa precisa ser feliz a qualquer custo.

Ela vive para um prazer próprio, egoísta.

· Idolatria por competição (pragmatismo) vícios por resultados, a pessoa precisa vencer,

vencer e vencer, sempre!

· Todo diálogo esconde um jogo de poder - quem vence o diálogo regularmente as leis.

· Relativismo (cada um cria a sua verdade e os seus valores).

Infelizmente encontramos essas características em meio a muitas igrejas cristãs, que tratam o membro, por exemplo, como clientes e precisam estar disposto a oferecer tudo do bom e do melhor, esse relativismo é uma ferramenta para satisfazer os desejos humanos. Na pós-modernidade o homem está no centro, ele é a solução, muitos estão roubando o lugar de destaque que só cabe a Cristo.

Nessa cosmovisão tudo é relativo, não existe verdade universal, podemos viver o ecumenismo, podemos adorar a Deus, ou Maomé, ou Buda, ou próprio homem, enfim eu crio meus valores, eu dito as regras, não existe nenhum referencial a ser seguido.

Mas qual a minha semelhança com Cristo em meio a essa cosmovisão?

Se não tomarmos cuidado, essas características irão tomar conta de nossos corações, vamos querer o prazer custe o que custar pois preciso ser feliz! Vamos ser pragmáticos... afinal, preciso ser o melhor! Vamos usar nosso discurso para trazer manipulação e vamos criar nossos próprios valores.

Se não tivermos enxertado em Cristo todos os dias, sabe o que viraremos? Jo 15.7 (apenas um galho seco que servirá para uma fogueira)

Posso pregar em nome de Cristo e viver uma vida longe dele que faça apenas barulho. Olha o que diz em 1Co13.1 " Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como címbalo que retine".

Como cristãos precisamos nos atentar a todos os assuntos no mundo. Precisamos detectar as influências de satanás que tentam afastar cada vez mais as pessoas de Cristo. Precisamos saber a cosmovisão que rege a nossa era e não deixar que ela entre em nossas vidas.

"E não vós conformeis com esse século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Rm 12.2

publicado por Rebeca Pires ( autora do blog parando e refletindo)